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sexta-feira, 18 de outubro de 2013

STF: concurseiros criticam provas só em Brasília !

STF: concurseiros criticam provas só em Brasília

O local de prova do concurso para o Supremo Tribunal Federal (STF) tem gerado muita discussão entre os candidatos. Prevista para o dia 15 de dezembro, a avaliação ocorrerá apenas em Brasília, ao contrário do que havia sido previsto anteriormente. A decisão tem ocasionado a desistência de muitos participantes de outros estados devido à distância. "Já sou servidora pública da UFRJ, mas queria muito fazer a prova para o STF. Só não tem como viajar para o Distrito Federal apenas para fazer uma prova", afirma a assinante da FOLHA DIRIGIDA Fernanda Cavalcante Gama Monteiro, que mora no Rio de Janeiro. Já o candidato Julio César Feijão Matos considera que muitos interessados perderão a chance devido à distância. "Moro em um ponto do Ceará distante da capital, mas se fosse pelo menos em Fortaleza, dava para fazer. Agora não dá pra viajar para Brasília e largar tudo aqui".

Segundo o diretor  acadêmico da Academia do Concurso, Paulo Estrella, a decisão foi benéfica, a julgar que todos os cargos são para atuação no Distrito Federal, e que muitos não poderiam largar suas vidas ou não teriam condições de se sustentar. Mas há especialistas em concursos, como Carlos Guerra e Alexander Ruas, que discordam. Alexander diz que a expectativa dos concurseiros que esperavam a realização em todas as capitais foi frustrada. "É um desrespeito ao cidadão que vislumbra a carreira pública. Por se tratar de um órgão federal e de atuação nacional, seria justo dar oportunidades iguais a todos que almejam a esse cargo. Concentrar o certame em uma única capital prejudica bastante o processo seletivo. A administração pública pode deixar de empossar candidatos bastante qualificados por não ter condições de se deslocar até Brasília para fazer a prova", afirma Ruas, que também é diretor do curso Multiplus.
Já Carlos Guerra diz que concursos já mexem com o emocional do candidato que, agora, ainda terá gastos com passagem e alimentação, caso não desista de fazer a prova do STF. "Eu acho isso péssimo, porque apesar do concurso ser para Brasília, o Supremo é um órgão nacional e interessa a todos os candidatos. E existe um interesse também por pessoas que já são servidoras públicas, de tribunais,  que têm interesse em trabalhar no Supremo. Então, é lamentável que esse concurso seja só para Brasília, porque a intituição organizadora (Cespe/UnB) tem estrutura para fazer um concurso naciona. O Supremo deve pensar em todos os candidatos, de uma forma geral, e fazer um concurso nacional. Quanto mais pessoas puderem fazer as provas, melhor será para o órgão", conclui Guerra.
Fonte: Folha Dirigida

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