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segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Concurso Bacen: remanescentes não suprem defasagem


Banco Central
Apesar da realização do concurso de 2013, o Banco Central do Brasil (Bacen) sofre com a alta defasagem de pessoal, o que compromete o atendimento em todas as suas unidades, espalhadas pelo país.

Durante debate na Câmara dos Deputados, em 10 de junho de 2014, a deputada federal Alice Portugal (PCdoB/BA) havia anunciado que o órgão tem um déficit de 2.399 servidores, com relação ao previsto na lei 9.650/98. A legislação estabelece que o banco tenha 6.170 profissionais concursados, mas, na época, possuía apenas 3.771 (3.218analistas e 553 técnicos).


Segundo o presidente do Sindicado Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), Daro Marcos Piffer, esse número alterou já que desde então foram nomeados 300 candidatos doconcurso de 2013, porém, essa quantidade não supre a carência de pessoal e, além disso, nesse período houve aposentadorias.

Dados do ano passado apresentaram que o órgão não consegue repor o quadro de trabalhadores. De 2009 a 2015 mais de 1.800 funcionários se aposentaram, sendo 270 em 2009 e 343 em 2013. A estimativa era de que em 2014 o Bacen perdesse 588 servidores e 104, em 2015.

Piffer comentou que mesmo que todos os remanescentes da última seleção fossem nomeados, não atenderia a demanda do banco. No processo seletivo anterior foram aprovados 1.035 concursandos, porém, deste número foram nomeados apenas 300. Dos 735 que restam, pelo menos 200 devem ser convocados (já que o concurso apresentou 500 vagas imediatas) e a outra parte depende da autorização do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão(MPOG) - vale ressaltar que dessa parte 50% depende da anuência do MPOG e a outra metade de solicitação feita pelo Bacen.

O presidente do Sinal ainda disse que as consequências da falta de pessoal são enormes, já que o órgão não consegue atender toda a demanda. “Essa situação traz problemas de toda a ordem, sendo uma das áreas mais prejudicadas a da fiscalização. Por conta disso, o Banco Centralprioriza somente as demandas consideradas mais importantes”, explicou Piffer.

Daro Piffer apontou que a unidade com a maior carência é a de Belém, no Pará, pois tem 60 servidores, sendo que a regional cuida de toda a região norte do Brasil.

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