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segunda-feira, 27 de abril de 2015

Ex-presidiário, advogando?

Publicado por : Christian Calsolari 
Por uma década eu passei minha vida cumprindo pena no sistema carcerário do estado de São Paulo, por erros cometidos em minha pré-juventude.
Durante todos estes anos milhares de coisas aconteceram e muito se aprende, quando verdadeiramente se quer aprender.
Em um determinado período decidi explorar as bibliotecas das penitenciárias, claro que com certas dificuldades, e descobri um mundo interior só meu que superava a ação do tempo e todas as outras maldades vindas da opressão do sistema e limites dos convívios, abrindo em mim um leque de novas visões, até que decidi escrever em minha defesa, através de petições e mais petições às instâncias. Essa atitude despertou em outros companheiros a necessidade de meus "serviços" e assim fui me empenhando ao direito.
Hoje cumpro condicional, estou no último ano do ensino médio, aos 35 anos de idade, cheio de amor pelo direito penal e quero prestar vestibular no final do ano.
Sou também pintor de obras e vivo disso, é assim que pretendo bancar meus estudos...
Agora gostaria de gerar aqui um assunto polêmico e encontrar diversas opiniões e pontos de vistas:
Assim como nossa amiga doutora publicou o artigo questionando se "Advogado tatuado... Pode?". Vou, respeitosamente, mais além:
Advogado tatuado e ex-presidiário, pode?

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